quinta-feira, 3 de julho de 2014

"Para cada ano em uma instituição, eu perco quatro meses de desenvolvimento" #falepormim

PROPOSTAS AOS PAÍSES

Dar um fim à institucionalização das crianças requer a realização de reformas imediatas nos sistemas públicos de proteção à criança na região. As ações requeridas incluem:

  • A adoção de legislação para limitar a institucionalização de crianças menores de 3 anos de idade em unidades de acolhimento institucional, com raras exceções, para que a institucionalização ocorra por um período de tempo pré-determinado e limitado.
  • A alocação de recursos técnicos e financeiros para que seja dada a prioridade à proteção à primeira infância, proporcionando a assistência à criança e o apoio às famílias, desenvolvendo programas específicos para evitar a separação de crianças das suas famílias, e implementando programas alternativos de assistência à família, com equipes de apoio competentes para trabalhar com meninas, meninos e adolescentes em risco de serem privados do convívio familiar.
  • O estabelecimento de programas e medidas de adoção explicitamente direcionadas à tarefa de reunir meninos e meninas às suas famílias; e às crianças cujos melhores interesses não permitem que elas permaneçam nesse ambiente. Os Estados Partes da Convenção precisam estabelecer lares adotivos temporários e outras opções que levem em consideração os laços familiares.
  • O desenvolvimento de padrões e protocolos para regulamentar a atuação dos profissionais do sistema de proteção à criança que estão em contato com meninas e meninos em situação de risco de separação de suas famílias.
  • O lançamento de campanhas de informação e sensibilização.
  • O estabelecimento de mecanismos para monitorar as condições das unidades de acolhimento institucional, bem como as soluções oferecidas a meninas, meninos e adolescentes separados de suas famílias.
  • MAIS INFORMAÇÕES

    A Convenção sobre os Direitos da Criança exige dos Estados garantir o interesse superior das crianças, assegurar que cresçam em um ambiente familiar e só utilizar o cuidado em instituições como último recurso.

    Mesmo que todos os países da América Latina e do Caribe tenham ratificado a Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC) e se identifiquem na adequação aos padrões da legislação e das instituições internas, o número de crianças que vivem em instituições continua sendo extremamente elevado.

    O UNICEF, em conjunto com a CIDH, MMI-LAC, RELAF e a representante especial do secretário-geral das Nações Unidas sobre a Violência contra as Crianças, está impulsionando nos países da América Latina e do Caribe um chamado à ação para pôr fim à internação de crianças menores de 13 anos em instituições de proteção e acelerar a reintegração ao âmbito familiar daquelas crianças que hoje vivem em instituições.

    http://www.falepormim.org/#

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