Sexta-feira, 01 de Agosto de 2014
*O Globo
O presidente venezuelano, Nicolas Maduro, anunciou na quinta-feira que vai criar uma casa acolhedora no país para abrigar as crianças palestinas que ficaram órfãs ou feridas em ataques israelenses a Gaza. Durante o III Congresso do Partido Socialista (PSUV), Maduro também considerou a a possibilidade da adoção dos meninos e meninas pelos venezuelanos.
— Eu já decidi criar uma casa acolhedora com o nome de Hugo Chávez para trazer os meninos e meninas feridas na guerra, e as crianças que perderam seus pais — afirmou maduro. — Vamos acolhê-los com amor e vamos procurar pais e mães venezuelanos para eles — acrescentou.
Em um discurso no encerramento do congresso do PSUV, o presidente exigiu o fim do “extermínio do povo palestino”, que, segundo ele, “não tem justificativa”. Maduro ainda convocou para o sábado um comício em Caracas e em outras partes do país para denunciar os ataques contra a Faixa de Gaza.
O congresso do partido socialista durou seis dias e teve a participação de centenas de membros do PSUV em Caracas. No encerramento, Maduro pediu que a “revolução bolivariana” não caia nas “ameaças” do “império americano”.
— Nesta conferência temos que buscar agir em conjunto, precisamos recarregar as forças porque é preciso acelerar a revolução contra as ameaças imperiais. Não podemos aceitar ameaças ou sanções do império dos EUA, vamos acelerar e radicalizar a revolução — afirmou.
Nomeado presidente do PSUV, em sucessão a Hugo Chávez, o presidente onvocou um plano de transição econômica “socialismo produtivo”, considerando o aumento do custo da gasolina. Entre as novas tarefas que foram impostas ao partido socialista após o congresso, estão a ativação de diferentes comitês para supervisionar o “preço justo” de diversos produtos para enfrentar a especulação, além de organizar movimentos sociais e coordenar a “propaganda comunicação e agitação.”.
No congresso, também foi ratificado a essência chavista do partido e o compromisso de continuar promovendo a integração regional através da Aliança Bolivariana (Alba), Petrocaribe, a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e Comunidade de Estados Latino-americanos e caribenhos (CELAC). Além disso, o presidente anunciou um evento internacional anti-imperialista, que pode ser realizado em setembro. Seria um evento “para combater a campanha contra a América Latina e revoluções”, argumentou Maduro.
http://www.camacarinoticias.com.br/leitura.php?id=265542
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