terça-feira, 14 de outubro de 2014

CINCO GESTAÇÕES INTERROMPIDAS E A ADOÇÃO


11/10/2014
Por Carla Emanuele/BV Online
Depois do sofrimento de cinco gestações interrompidas e a expectativa pela gravidez, Leodirce Maria Buchkoski e o marido Adolfo optaram pela adoção. “A cada tentativa pela gravidez era uma nova decepção”, conta Leodirce. “Com o tempo descobri que poderia gerar um filho, mas o tratamento seria muito caro”. Com medo de perder a mulher e o filho em uma mesa de cirurgia, Adolfo sugeriu que adotassem uma criança. “Fomos avaliados e aprovados para entrar na fila de espera para adoção, então comecei acompanhar um grupo de apoio a adoção e me preparar para a chegada da criança”.
Depois de três anos de espera o casal recebeu o retorno que tanto queria. “Recebemos a informação que uma criança de dois anos e quatro meses havia sido destituída do poder da família e estava pronta para adoção”, relata Leodirce. “Já me sentia mais do que nunca mãe, convivemos durante três meses com o meu filho até garantirmos a guarda definitiva”. Entretanto o casal foi pego de surpresa em 2010, quando Victor tinha quatro anos e meio. “O Victor começou a reclamar de dores de cabeça e náuseas, por isso resolvemos realizar alguns exames e o diagnóstico foi assustador”, lembra Leodirce. “Meu filho foi diagnosticado com um tumor cerebral frontal raro, do tamanho de uma laranja de umbigo e tinha apenas 1% de chance de vida”.
Assim que o tumor foi diagnosticado, Victor passou por dois processos cirúrgicos em um mês. Logo após, mãe e filho se mudaram para Santa Maria para o intenso tratamento de radioterapia e quimioterapia. “O Victor passou praticamente dois anos internado, foram pouquíssimas as vezes que nos deslocamos até Erechim”, conta Leodirce. “Meu marido foi um herói, trabalhava incessantemente para manter a casa em Erechim e Santa Maria, vendemos nosso carro, sem contar as ações da comunidade, familiares, amigos e tantas outras pessoas que nos ajudaram”. Contudo o pequeno Victor surpreendeu a todos e mostrou o quanto era forte. “O Victor foi um carequinha feliz durante dois anos e superou todas as fraquezas”.
Atualmente com oito anos de idade, Victor está curado e sem sequelas da doença, apenas realiza exames e manutenções necessárias a cada três meses. Esbanja alegria, disposição e é muito carinhoso. Está na expectativa de mais um Dia das Crianças longe do hospital e quer se divertir com os amigos. Os pais já pensam em salvar mais uma vida. “Nosso objetivo não é mais adotar, mas sim salvar uma vida”, finaliza Leodirce.
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