segunda-feira, 13 de outubro de 2014

FÓRUM DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE NA PAMPULHA DISCUTE A QUESTÃO DO ABRIGAMENTO INSTITUCIONAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO


13/10/2014
A Regional Pampulha, por meio da Gerência de Políticas Sociais, realizou em setembro, em seu auditório (Avenida Antônio Carlos, 7.596, 2° andar, bairro São Luís), o Fórum da Criança e do Adolescente, que teve como tema “abrigamento”. Compareceram representantes do poder público e da sociedade civil que compõem a rede de proteção às crianças e adolescentes na região.
Psicóloga, membro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e coordenadora da Comissão de Medidas de Proteção, Sandra Regina Ferreira falou sobre o abrigamento institucional, uma das medidas protetivas aplicadas para crianças e adolescentes em situação de risco e direitos violados, que necessitam ser afastadas do convívio familiar. “Devido à sua complexidade, o abrigamento é o último recurso da medida protetiva e deve ser aplicado de maneira excepcional e provisória”, explicou.
Dois grandes desafios a serem enfrentados pelo poder público são o preconceito que a maioria tem em relação às crianças abrigadas e à permanência nos abrigos de jovens até os 18 anos, quando atingem a idade limite e não têm para onde ir. “Por melhor que seja a estrutura, estar em uma condição de abrigamento gera inexistência de identidade e falta de vínculo afetivo. Quem está nesta situação é a vítima e não o seu violador”, comentou Sandra. A psicóloga explicou que deve haver uma discussão ampla sobre as políticas públicas para este indivíduo. “Cabe a nós, sociedade civil e governo, a proteção das nossas crianças e dos nossos adolescentes. Temos ainda muito trabalho a fazer, mas como rede articulada podemos fazer a diferença”, comentou.
Os participantes esclareceram dúvidas e contribuíram com sugestões. Psicóloga do Centro de Saúde Confisco, Silvana Raquel alertou sobre o papel do poder público para mudar paradigmas em relação à adoção de crianças abrigadas. “Os casos negativos têm muita repercussão e acabam gerando temor em casais que querem adotar, dificultando a saída das crianças dos abrigos”, disse. Para Cinara Alves de Oliveira que trabalha na Associação Municipal de Assistência Social (Amas), é importante divulgar os casos positivos de crianças abrigadas e que foram adotadas. “Jovens conseguiram superar os traumas e vivem suas vidas normalmente. Este tipo de informação ajuda a quebrar preconceitos”, disse.
ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL
O acolhimento institucional ainda é uma medida protetiva necessária, aplicada pelos conselhos tutelares e pela Vara da Infância e Juventude, em casos em que crianças e adolescentes precisam ser afastadas do convívio familiar. O acolhimento se dá em unidades acolhedoras, onde as crianças recebem proteção integral, incluindo alimentação, vestuário e cuidados com a higiene, entre outros, e tem seus direitos à saúde, à educação, ao transporte, ao esporte e ao lazer garantidos a partir da intersetorialidade entre as políticas públicas.
http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/noticia.do?evento=portlet&pAc=not&idConteudo=176016&pIdPlc=&app=salanoticias

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