segunda-feira, 13 de outubro de 2014

LONGEVIDADE E AFETIVIDADE


Terça-feira, 9 de setembro de 2014
Nas reuniões de família vejo meu sogro falando sobre a ausência de filhos que se fazem presentes se questionando: imagina se não tivesse pelo menos seis filhos! Sim ele teve seis filhos em um tempo diferente, com mentalidades diferentes, relações econômicas e sociais diferentes.
Hoje as famílias são menores, se organizam de maneira diferenciada, no entanto, percebo um discurso, ou uma preocupação comum, a necessidade de possuir um filho para que na longevidade não esteja sozinho e desamparado, sim possuir um filho, pois arquitetar uma relação afetiva desse tipo é pensar de maneira possessiva e individualista, pessoas não são objetos que consumimos, e depois descartamos, não somos donos de ninguém a afetividade deve ser construída todos os dias. Há que se pensar que filhos não são feitos para cuidar dos pais no futuro, essa não pode ser a principal motivação para uma gravidez ou para uma adoção. O cuidado na longevidade se constrói na cultura, cristaliza um ato de amor lindo, mas que não deve ser a principal preocupação na hora da adoção.
Trabalhei em asilos estatais e privados, vi e refleti sobre as condições em que os idosos viviam, ouvi muitas histórias, nossa expectativa de vida esta aumentando como nunca o que exige que nos coloquemos a pensar e discutir sobre isso, no entanto, uma ideia é clara, ter um filho ou adotar não pode ser entendido como um mecanismo para fazer caridade ou muito menos receber caridade, não é um negócio muito menos uma troca, a adoção antes de mais nada deve ser um ato de amor e doação.
http://gravidezdecoracao.blogspot.com.br/


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