terça-feira, 14 de outubro de 2014

SEM PODER SAIR DE ABRIGO, MENINA TORTURADA EM ARAÇATUBA GANHA UMA BONECA DO PAI COMO PRESENTE DO DIA DAS CRIANÇAS


13/10/2014
Do R7

São Paulo
Funileiro aguarda decisão da Justiça sobre pedido de guarda da filha de três anos

O funileiro e pai biológico da menina de três anos que teria sido torturada física e psicologicamente pelo padrasto e pela mãe, em Araçatuba (a 527 km da capital de São Paulo), não pôde passar o Dia das Crianças com a filha, recolhida em um abrigo do Conselho Tutelar da cidade e onde as visitas não acontecem apenas às quintas-feiras e aos sábados.
Enquanto aguarda uma definição da Justiça se vai conseguir ou não a guarda da filha, o pai biológico a visitou neste sábado (11) no abrigo e a presenteou com uma boneca. A menina está sob a responsabilidade do Conselho Tutelar desde 1º de outubro. Outras oito crianças estão no mesmo abrigo.
O padrasto, de 35 anos, e a mãe, de 21, estão presos sob a suspeita de torturá-la e também de produzir e manter material pornográfico com imagens da menina. Os crimes, segundo a polícia, aconteceram na casa da família, em um condomínio de luxo de Araçatuba.
Reprodução de vídeo no qual padrasto gravou menina de três anos sendo obrigada a morder cebola como se fosse maçã Reprodução/Rede Record
As torturas contra a criança tiveram repercussão nacional após a DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), da Polícia Civil, descobrir vídeos nos quais o padrasto da menina aparece, por exemplo, fazendo com que ela mordesse uma cebola como se fosse uma maçã. Em outra gravação, o padrasto, que é empresário, impede que a menina durma.
O parecer da Justiça sob a concessão ou não da guarda da menina ao pai biológico está previsto para acontecer na próxima semana, quando o parecer psicossocial dele, elaborado por psicólogos e assistentes sociais do Tribunal de Justiça de São Paulo, serão analisados por representantes do Ministério Público Estadual e por um juiz da Infância e da Juventude.
Atualmente, a mãe da menina torturada, uma dona de casa de 21 anos, está presa na Penitenciária Feminina de Tupi Paulista (a 646 km da capital de São Paulo); o padrasto, na Penitenciária de Tremembé (a 147 km de São Paulo).
Para proteger a identidade da menina, o R7 não publica as identidades do pai biológico, da mãe e do padrasto envolvidos no caso.
Assista reportagem da TV Record sobre o caso:
http://noticias.r7.com/.../sem-poder-sair-de-abrigo...

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