quinta-feira, 13 de novembro de 2014

ADOÇÃO: OS PRINCIPAIS DESAFIOS


11/2014
Cynthia Boscovich
Muitas pessoas tem dificuldades em conseguir adotar uma criança. No Brasil é tudo muito burocrático e se tratando de adoção, deve ser muito bem pensado e avaliado, pois o impulso de adotar um filho pode ser momentâneo e isso precisa ser muito bem avaliado.
Independentemente do país que a pessoa vive, as diferenças, que variam de cultura para cultura, podem contribuir ou até prejudicar um processo de adoção.
“Eu vejo isso como um dos maiores desafios no processo todo de adoção, pois mostra como cada pessoa está envolvida com o ato de adotar uma criança, seja ela recém nascida ou já maior, e o quanto também deve estar consciente do porquê desta adoção”, afirma a psicóloga Cynthia Boscovich, membro regular da sociedade brasileira de psicanálise winnicottiana.
Parece simples falar a respeito, mas muitas pessoas não tem consciência dos motivos que o levou à escolha de ser pai/mãe.
“É preciso ter claro que filho é filho, e seja ele adotado ou não, deve ser prioridade na vida dos pais. Eu, cada vez mais tento manifestar a minha opinião sobre a importância dos pais dedicarem mais tempo aos seus filhos e tentarem terceirizar menos os cuidados que prestarão a eles”, ressalta a psicóloga.
O ato de adotar uma criança pode ser feito por inúmeras razões, que vão desde pessoas que querem de fato constituir uma família, como por inúmeras outras, que podem estar relacionados com culpa, gratidão, benevolência, etc.
A chegada da criança adotada pode acontecer de uma hora para outra e por vezes, observo muitas famílias se atrapalharem com isso, chegando até mesmo a pensarem em desistência, no momento em que se vêem de fato com a adoção quase consumada. “Não é fácil ter que lidar com esta falta de previsão e planejamento. Diferentemente de uma gestação, o processo de adoção, tem data para começar, mas não tem data para terminar e pode causar muita ansiedade e angústia nos envolvidos”, explica Cynthia.
É importante que as pessoas esclareçam e trabalhem esses motivos e as angústias, para que no futuro, as dificuldades – que são inevitáveis - possam ser menores.
“Um filho adotivo, para muitos pode não ter diferença de um filho biológico. Contudo, o que observo é que nem sempre é assim. Daí a importância de um acompanhamento psicológico dos pais durante o processo de adoção”, finaliza a especialista.
https://www.minhasaudeonline.com.br/…/adocao-os-principais-…


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