terça-feira, 9 de dezembro de 2014

SITE AJUDA MAIS 8 MIL QUE ESTÃO NA FILA DA ADOÇÃO


05/12/2014
Por: Filipe Sansone - filipe.sansone@diariosp.com.br
Ideia é dar mais informação com linguagem simples e objetiva. Site traz depoimentos de quem já adotou
São Paulo é o estado que mais tem crianças esperando para serem adotadas, e também o que mais tem famílias cadastradas na fila de espera de adoção. De acordo com dados do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), são 8.248 pretendentes no Cadastro Nacional de Adoção atualmente e 1.357 crianças. Para se ter uma ideia, no Brasil há 5.646 crianças disponíveis para adoção e 32.817 cadastros de casais ou pessoas solteiras interessadas em adotar.
E para piorar, o processo de adoção é complicado, demorado e burocrático. Por isso, para facilitar a vida de quem deseja entrar no processo de adoção de uma criança, o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) lançou o site Adotar, que tem como objetivo trazer em uma linguagem simples e direta o que é preciso fazer.
O site contém textos com as perguntas e respostas mais frequentes, vídeos com depoimentos de famílias que já passaram pelo processo de adoção, além de notícias relacionadas ao assunto.
BOA INICIATIVA
Na opinião de Monica Natale, presidente da Agaaesp (Associação dos Grupos de Apoio à Adoção de São Paulo), o site é uma boa iniciativa para leigos se informarem sobre o tema. “Há 12 anos, quando me inscrevi pela primeira vez no Cadastro Nacional de Adoção, praticamente não sabia onde procurar informações sobre todo o processo. Agora, em um site oficial do TJ-SP, tudo fica mais fácil”, opina (leia mais ao lado).
A economista Luciane Catarina Gomes Rettur e o autônomo Lincoln Rettur, ambos de 51 anos, tentam há cinco anos adotar uma criança e creem que o novo site do TJ-SP vai ajudar a deixá-los informados sobre o assunto.
Apesar disso, Luciane e Lincoln acham que o processo poderia ser um pouco menos burocrático. “Nós estamos há cinco anos tentando adotar uma criança”, diz Luciane. “Já temos dois filhos biológicos, de 20 e 25 anos, e no tempo que estamos aguardando, minha filha, que é a mais velha, conheceu uma pessoa, se casou e já teve um casal de gêmeos. Sou avó e ainda não consegui adotar uma menina.”
Como moravam em São Bernardo do Campo, no ABC, e depois vieram para São Paulo, há dois anos, Luciane conta que teve de começar o processo do zero novamente, pois mudou de Vara de Adoção. “Para se ter uma ideia, a gente não está ainda nem no Cadastro Nacional de Adoção pela burocracia”, lamenta a economista. “Já tive a fase da ansiedade, ela passou para frustração e agora estou um pouco mais consolada. De qualquer forma posso garantir que é um processo bem desgastante”, completa.
Atualmente, o casal faz acompanhamento no Gaasp (Grupo de Apoio a Adoção de São Paulo), que ajuda famílias no processo de adoção.
http://www.diariosp.com.br/…/site-ajuda-mais-8-mil-que-esta…

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