segunda-feira, 2 de novembro de 2015

EM UMUARAMA 150 FAMÍLIAS ESTÃO LEGALMENTE APTAS PARA ADOTAR MAS O CAMINHO NÃO É FÁCIL (reprodução)

28 de Outubro de 2015 06h45
Postado por: REDAÇÃO
Por medo e desinformação, casais correm riscos para formar famílias na ilegalidade. É lugar comum encontrar casos de pais que, obstinados a adotar, buscam um caminho longe da justiça, o que não garante nenhuma segurança jurídica de manter a criança no novo lar, mesmo que ele seja perfeito.
Em Umuarama, 150 famílias estão aptas à adoção, um caminho longo, como o percorrido pela funcionária pública Silvana Vicente Bigunas, de 43 anos. Ela é uma mãezona. Vive ocupada com o dia a dia das filhas Maria Eduarda, 13, e Maria Gabriela, 8. Leva e busca na escola, nos avós, na catequese... Em casa é aquele “Deus nos acuda”.
Quem vê a felicidade em família de Silvana não imagina o longo e doloroso caminho que ela percorreu para ter o direito de ser mãe. Biologicamente não foi possível. Ela o marido Sérgio Luiz, 43, não conseguiram resultados com o tratamento de fertilização.
Depois de cuidar de uma menina através do Projeto Família Acolhedora, do Poder Judiciário, por dois anos e, com muito pesar, ter que devolvê-la à família biológica, o casal resolveu adotar. Silvana e Sérgio queriam um bebê ou uma criança pequena.
INTERNET
Alguns meses se passaram desde que se inscreveram no Cadastro Nacional de Adoção até que uma fotografia que chegou pela internet mudou essa história. Era uma linda mestiça japonesa na época com 11 anos de idade que estava para adoção em Três Lagoas (MS).
“Quando meu marido viu a foto da Maria Eduarda disse que a menina era a minha cara. Mudamos o perfil no Cadastro e, graças a Deus, hoje ela é nossa filha”. Na primavera de 2014, Silvana e Sérgio viveram mais uma vez essa emoção ao adotar Maria Gabriela, agora com 8 anos, na cidade de Tietê (SP).
Eles participam dos programas do Poder Judiciário e contam com a ajuda de grupos de apoio, que foram fundamentais. “Ainda queremos um menino”, disse Silvana, que sonha com uma grande família.
BUROCRACIA
De acordo com os técnicos do Poder Judiciário, a adoção de crianças maiores de três anos tem aumentado no Brasil e histórias como a desta linda família estão se tornando cada vez mais comuns.
A adoção tem que ser legal. O promotor da Infância e da Família, Carlos Roberto Moreno, lembra que dar parto alheio como próprio é crime (Art. 249 do Código Penal), com pena de reclusão de dois a seis anos. “Ainda hoje, a prática é comum, especialmente para quem quer fugir da burocracia legal”, disse o promotor.
Para adotar os pretendentes precisam preencher vários requisitos, fazer um curso e passar por avaliações psicossociais. “Claro que não precisa ser rico. Mas é fundamental que se tenha condições de oferecer uma vida digna à criança”, disse Ivete Toledo Uliana, técnica do Serviço Auxiliar da Infância e da Juventude (SAIJ).
GRUPO DE APOIO
Para ajudar casais como Silvana e Sérgio, voluntários estão criando, com o apoio do Poder Judiciário, o Grupo de Apoio à Adoção de Umuarama (GAAU). O objetivo é trocar informações e dar apoio uns aos outros. A primeira reunião será nesta quarta-feira (28), às 19 horas, na sala do Juri do Fórum de Umuarama. Mais informações com os técnicos do SAIJ pelo fone (44) 3621-8400.




Reproduzido por: Lucas H.


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