domingo, 13 de agosto de 2017

Pietro foi adotado em 2013, em um Natal inesquecível para ambos (Reprodução)

12/08/2017


No dia 23 de dezembro de 2013, o servidor público Vitor Hugo Nascimento, na época com 50 anos, ganhou o que considera o melhor presente de Natal de sua vida: um filho. Neste dia, pode definitivamente ter a guarda do pequeno Pietro, após cinco anos na fila de espera para adotar uma criança.

Vitor conta que sempre teve vontade de adotar. Ele fez o cadastro necessário para o procedimento e esperou com paciência a sua vez. O servidor recorda como se fosse hoje quando ficou sabendo que o sonho poderia se tornar realidade. "Meu celular tocou e era a Lilian, assistente social do fórum, me informando que havia uma criança disponível", recorda.

Ele não hesitou. "Se Deus colocou essa oportunidade na minha vida, eu jamais diria não", conta. Poucos dias depois, visitou a antiga Combem, para conhecer a criança que seria seu filho meses depois. "Assim que eu cheguei, vi um menino nos braços da assistente social, tive uma simpatia imediata", destaca. Era justamente o Pietro, então com dois anos, que estava disponível para ser acolhido por uma família que desse a ele amor, carinho, proteção e tudo mais que uma criança necessita.

Adoção é um procedimento longo

Nascimento passou por todos os procedimentos para a adoção. O primeiro deles é uma entrevista com a assistente social. Depois, o mesmo processo com profissional da psicologia. Por fim, são analisadas as condições de moradia e análise da conduta de quem quer adotar.

A criança, inicialmente, começa com estágios de convivência. "Ele começou passando os finais de semana comigo, desde o início foi ótima a adaptação", pontua o servidor.
Após três meses, na véspera do Natal, o juiz deu permissão para Pietro passar a viver de forma definitiva com Vitor.  Em menos de um mês, passou a ser chamado de pai.  Passados quatro anos, o servidor público considera a experiência como maravilhosa.

Ser pai ou mãe por si só é um desafio. No caso e adotar uma criança, é ainda mais. Em geral, os que estão nos lares e abrigos vêm de situação familiar delicada. Segundo Lilian Couto, a maioria das pessoas interessadas preferem crianças com até dois anos, brancas e sem problemas de saúde. No entanto, nem sempre essa é a realidade das crianças que sonham em ter uma família.

Um pai e quatro mães, o sortudo Pietro

Pietro sabe das condições em que ganhou uma família. "Eu não escondo nada, se ele quiser um dia procurar a família biológica eu não vou impedir", afirma. O pequeno, que antes não tinha ninguém, agora comemora que possui um pai e quatro mães. "Ele diz que primeiro tem "a mãe que o deixou no juiz", depois a sua dinda, além de Ieda, que cuida dele pela manhã, além de Idenis, que fica com ele à noite quando preciso", explica.

A experiência é tão boa que Vitor irá entrar no cadastro novamente para adotar uma menina. "Eu incentivo quem está pensando em adotar, que o faça, porque é incrível", ressalta.


Reproduzido por: Lucas H.




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